Falando... falando...

"Como será o dialogo das plantas com as pedras...?!
O que dirá um riacho a um seixo rolado e ao cascalho?
Como raízes curiosas recebem as folhas no chão?
O que dirá tudo em volta, quando vem o sol e tudo medra?

Gosto de olhar para as algas e mariscos grudados nas encostas das rochas...
Parecem que bailam quando as ondas insistentes surgem do nada.
A vida reluzindo e simplesmente dizendo as pedras e águas...
Deste seu quase nada."





No mais alto do Pão de Açucar, há os que perdem-se pelas cores. Há também, os poetas que vivem mudando tudo de lugar. Em toda mudança sempre há um preço. Sempre cabe mais uma pergunta que a alma leve e retraida não quer calar. Há gestos na natureza que simplificam para aqueles que esperam. Pedras seriam só pedras, não fossem o "ser" que não se mexe e, a tudo contempla sem nada dizer. São altivos! E os "Seres Verdes" que se movem lentamente e nunca saem do chão? Mas deixam a natureza limpa com suas falas.  Vejo os seixos rolando pelas aguas inquietas...!Parecem felizes e pela sabedoria ficam arredondados. Pedra Sabida - que percorreu vários lugares. Também noto raizes curiosas a percorrerem o chão...! Algas e mariscos imunes a dor que tenho e trago. E aqui, no mais alto, me vem a vontade de entender o amor e ser pedra.
DE MAGELA POESIAS AO ACASO e Carmem Teresa Elias
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 03/01/2012
Código do texto: T3420370
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