SOLITUDE

Sou esta mágoa nas rimas incertas

Que na dose se verte em lamentos,

Nas ondas na praia, agora desertas,

Sou ave cansada sem firmamentos.

Rias de mim, ó, dores de tristezas

Que se fizestes pela tua ausência,

Lavastes estes olhos de incertezas

Sugando-me a vida em evidência.

Talvez nas lágrimas se faça reluzir

A luz qu’inda não se fizera brilhar,

Aos olhos de Deus e do meu amor

Vinde a mim e me faças acalentar.

Triste de mim, ó, paixão presente

Vagando sem tino, desconsolado,

Na rude ausência do teu belo ente

Pulsando ao peito descompassado.

*****

®

Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 02 de janeiro de 2012.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 02/01/2012
Reeditado em 12/02/2014
Código do texto: T3419150
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