SOLITUDE
Sou esta mágoa nas rimas incertas
Que na dose se verte em lamentos,
Nas ondas na praia, agora desertas,
Sou ave cansada sem firmamentos.
Rias de mim, ó, dores de tristezas
Que se fizestes pela tua ausência,
Lavastes estes olhos de incertezas
Sugando-me a vida em evidência.
Talvez nas lágrimas se faça reluzir
A luz qu’inda não se fizera brilhar,
Aos olhos de Deus e do meu amor
Vinde a mim e me faças acalentar.
Triste de mim, ó, paixão presente
Vagando sem tino, desconsolado,
Na rude ausência do teu belo ente
Pulsando ao peito descompassado.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 02 de janeiro de 2012.