Vício

Eu não quero dizer nada. Absolutamente nada.

Situo-me, ao acordar.

Coloquei o relógio para despertar às seis horas da manhã de algum sábado.

Entre os cantos da sala, à esquerda guardava a solidão e à direita os amigos feitos de passado.

E a rosa em cima da mesa se desfolhou.

E tudo é ruído e olhos parados.

E assim – caminhando, caminhando – buscamos um apartamento, uma profissão, um carro, algumas roupas e, se sobrar tempo, um amor.

E buscamos – e é preciso – os motivos do riso e do pranto, como se viciássemos em qualquer sentido ou em qualquer droga.

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 29/12/2011
Código do texto: T3412106
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