COMPANHEIRA SOLIDÃO

Corri vales, cidades e desertos

À procura do Ioko em minha vida

Me sentisse preenchido, satisfeito

E ao mundo minha essência exalar

Procurei sempre, sempre evitar

A solidão que comigo já flertava

Dizendo que no mundo não havia

Quem me amasse com todos meus defeitos

Me assustei com essa profecia

Pois não queria conviver com a solidão

Rezei aos deuses, me dessem a maestria

Da simpatia, tolerância e do Amor puro

Que me enviassem a professora Afrodite

Para do Amor me ensinar todos mistérios

E que trouxesse o Apolo junto a si

Para ensinar Perfeição à minha alma

Agradeço imensamente ao Olimpo

Por minhas preces terem sido atendidas

Como aluno aplicado aprendi

O quanto pode um mortal absorver

Porém fui posto em um mundo organizado

Em gaiolas onde só dois podem estar

Onde tudo que aprendi sobre o Amor

Só posso a uma pessoa dedicar

Nem mesmo as sobras desse Amor que aprendi

A uma outra posso um dia ofertar

Pois minha amada muito triste irá ficar

E revoltada tudo em mim vai desprezar

Foi o meu erro tanto Amor ter aprendido

Que me inunda e para o mundo distribuo

Sem saber como retê-lo, acorrentá-lo

Como quer a minha amada, a escolhida

Dessa forma se cumpre a minha sina

Mesmo querendo tanto, tanto a minha amada

De viver nos braços dela toda a vida

Sou empurrado prá viver com a solidão.

Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 25/12/2011
Código do texto: T3406144
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