Perpétuo Vazio
Estou só.
A solidão se alastra por mim
Me envolvendo numa teia pegajosa e apertada.
Pingos de chuva caem; vão se juntando, formando
Um poço escuro à minha volta.
A escuridão me suga. Rostos passam na minha frente,
Tentam me ajudar,
Mas caem num vazio.
Também caio. Percebo que este vazio é a minha alma,
Desgastada pelo medo.
A chuva ainda cai, se transformando em lágrimas.
Minhas lágrimas.
A solidão e a escuridão se aproximam mais;
Fecho os olhos, mas continuo sentindo-as dentro de mim,
Enroscando e tomando meu coração.
15/12/11