Alma
Desfaleça de seus pecados,
Ressurja dos seus ardores.
Alma que voa é ao mesmo tempo alma que pousa.
Talvez seja a evolução dos sabores?
Mas que sabores desfrutariam o abatimento, degustaria dos maus odores ou reencarnaria no espírito dissolúvel?
Já entornaria a redenção pelo gozo de despojar em paz...
De que vidas mal vindas retornariam a libertação...?
Talvez a libertação esteja no intocável.
Entoa meu ser, que invoca ao não ser.
Que a essência do palpitar alcance o intocável;
Que despareceram as agitações pela calmaria que impera;
Que a redenção não seja apenas no olhar e muito menos no idealizar;
Que a carne espojada e a alma áspera não sejam integralmente desparecidas.
Pois a libertação esta mais do que em mãos livres e pés caminháveis: a libertação esta quando olhamos para nós mesmos e espojamos a paz. A libertação é quando olhamos para nosso próprio espelho e ressurge um sorriso. A libertação é quando encontramos o equilíbrio dos saberes.