Alma

Desfaleça de seus pecados,

Ressurja dos seus ardores.

Alma que voa é ao mesmo tempo alma que pousa.

Talvez seja a evolução dos sabores?

Mas que sabores desfrutariam o abatimento, degustaria dos maus odores ou reencarnaria no espírito dissolúvel?

Já entornaria a redenção pelo gozo de despojar em paz...

De que vidas mal vindas retornariam a libertação...?

Talvez a libertação esteja no intocável.

Entoa meu ser, que invoca ao não ser.

Que a essência do palpitar alcance o intocável;

Que despareceram as agitações pela calmaria que impera;

Que a redenção não seja apenas no olhar e muito menos no idealizar;

Que a carne espojada e a alma áspera não sejam integralmente desparecidas.

Pois a libertação esta mais do que em mãos livres e pés caminháveis: a libertação esta quando olhamos para nós mesmos e espojamos a paz. A libertação é quando olhamos para nosso próprio espelho e ressurge um sorriso. A libertação é quando encontramos o equilíbrio dos saberes.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 11/12/2011
Código do texto: T3383525
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