Ela me Põe no Divã

Não quero o psiquiatra.

Não quero o psicólogo.

Não quero o divã.

Não quero o prozac.

Muito menos o lero-lero

dos esotéricos

oportunistas,

esquizofrênicos

e lunáticos.

Quero as neuras – tão minhas.

Quero a loucura – tão divertida.

Elas são as damas de honra

que antecedem,

que salpicam de pétalas,

que pré-anunciam,

que colore,

a minha amarga vida

e doce Poesia.

Deusa

que vem a mim,

me beija,

me abraça,

me consola,

me arrebata,

me faz a todos mostrar meu interior,

me faz ter asas,

me torna anjo,

me liberta

em prazerosa surtação

(passaporte do romântico para o pós-moderno).

Poesia,

companheira,

amiga sincera,

minha analista,

que só a SOLIDÃO criativa permite.

L.L. Bcena, 25/08/2000

POEMA 621 – CADERNO: INSTANTES.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 08/12/2011
Código do texto: T3379074
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