CAMINHOS PROFUNDOS (Luciane A. Vieira – 02/12/2011 – 21:38h)

CAMINHOS PROFUNDOS

(Luciane A. Vieira – 02/12/2011 – 21:38h)

Abri meus caminhos

Das profundezas inimagináveis

Da desilusão

E daí me ergui...

Fugidia força motriz e

Me criei a partir daí

Sem medos e sem cuidados:

Eu apenas sobrevivi...

Me empanturrei

Com os descaminhos soturnos

Enviados pela vida mesquinha

Qual nuvem de subterfúgios

Funestos delírios

Inconseqüentes suspiros

E quis pensar em ser feliz... mas

Um dia acordei e notei

Não existir nada à minha volta

Nada em meu destino

Sequer havia um caminho... e assim

Ruiu o meu mundo

Desabaram meus muros...

Tentei erguer (das cinzas!)

Os restos de ternura

Os rasgos de ventura

Os poucos sorrisos... mas

Os invernos tristes e

Corroídos da ilusão foram cortantes...

Nada mais resta, no fundo,

Neste parco e destituído pacto

Nesta triste e desiludida tumba

Dos arquivos intransponíveis da

Minha irremediável

Solidão...