DÚVIDA ( de: Luciane A. Vieira – 10/03/1998 – 22:40 h )
DÚVIDA
( de: Luciane A. Vieira – 10/03/1998 – 22:40 h )
O poeta chora seu momento
Escreve em vão e nisto está seu sentimento
Refaz o que perdeu sedento em sua fantasia
Retira o verso e faz seu amanhecer.
Poema sentido de tão vagos desejos
Confessa um crime e teme seu julgamento
Em sua forma louca de matar o seu tormento
Desdiz tudo o que diz em cada vão sentimento.
Sonha com um motivo apenas
Destrói os seus zelos
Gemidos que destoam em sua falta de anelo
Esconde a solidão com palavras, sem muito jeito
Difere do que fala seu pensar adormecido
Respira do ar a luz
Sufoca os seus bloqueios
Revive a falta doce dos projetos esquecidos
Encontra o seu sonhar
Reflete na sombra a paz
Se finda a procurar aquilo não escrito:
E se foge do ninho...
Esconde o seu achado
E em si busca entender
Porque escreve aquilo que não sente e sem temer
Reflete a lua mansa e evita a si mesmo...