Monólogo anonimato
Caminho no meio de uma multidão
Sem personalidade,
Escondendo meu olhar,
Da própria sombra,
Quem me persegue fria e sorrateira...
Caminho ao lado de vários supostos amigos,
Que precisam apenas de um pequeno deslize
Para delatar meu nome,
Criticar meus sonhos,
Rasgar meus poemas,
Abominar as boas atitudes
E condenar-me à morte...
Parado diante do caos urbano,
Aguardando um abraço sincero
Esperando um beijo discreto e hostil
Apenas uma minúscula forma de afeto!
Apegando secretamente a pessoas,
Que vigiam insanamente meus passos,
Gerenciam cordialmente meus erros
Envenenam carinhosamente meu vinho...
Lutando durante décadas
Em busca de um beijo,
que vai furtar e dizimar
Minhas idéias e minha alma,
De um calor que se apaga no escuro
De um amor que se acaba no futuro...
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