O silêncio ensurdecedor

O silêncio é gritante quando a noite cai...

Enquanto “mortais” dormem o sono dos justos,

O vazio invade as paredes desnudas de uma vida inglória.

As ruas vazias, sujas dos passos que não são teus.

O barulho ensurdecedor invade o teu interior.

O sono não vem. O amanhecer não chega...

Apenas silêncio,

Para espantar este torpor, tens à mão a tecnologia.

Nada. Falta energia.

Novamente o silêncio,

Entregar-se ao vazio imensurável, o fim do impasse.

Apenas o vazio!

Até que a noite faça-se dia.

Entre buzinas, vozes, enfim...

O silêncio ensurdecedor adormece.

Dando lugar a anestesia d'alma acalentada

Por um amontoado de informações,

O homem repousa aos braços da modernidade

Junto a um amontoado de anestésicos existenciais.

Lu Portaux
Enviado por Lu Portaux em 19/11/2011
Reeditado em 07/01/2012
Código do texto: T3345121
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