O silêncio ensurdecedor
O silêncio é gritante quando a noite cai...
Enquanto “mortais” dormem o sono dos justos,
O vazio invade as paredes desnudas de uma vida inglória.
As ruas vazias, sujas dos passos que não são teus.
O barulho ensurdecedor invade o teu interior.
O sono não vem. O amanhecer não chega...
Apenas silêncio,
Para espantar este torpor, tens à mão a tecnologia.
Nada. Falta energia.
Novamente o silêncio,
Entregar-se ao vazio imensurável, o fim do impasse.
Apenas o vazio!
Até que a noite faça-se dia.
Entre buzinas, vozes, enfim...
O silêncio ensurdecedor adormece.
Dando lugar a anestesia d'alma acalentada
Por um amontoado de informações,
O homem repousa aos braços da modernidade
Junto a um amontoado de anestésicos existenciais.