As Noites Eram Silenciosas...
As noites eram silenciosas e misturadas com os mistérios.
A imensidão era o lar predileto.
O sombrio era apenas um cobertor.
A profundeza era seu travesseiro.
As velas eram as luzes; já as luzes eram tão escuras quando o vazio da ingratidão.
Os perfumes não eram exalantes.
Os passos eram a mistura dos gritos de uma alma enjaulada.
Seus pés eram os espinhos,
E suas mãos eram o laço.
Seus cabelos eram embaraçados como o traço de sua face.
Suas lágrimas eram um poço.
O gosto de sua boca era o amargo de sua vida.
Seus olhos eram fundos como o seu coração.
Sua mente era vazia como a sua casa.
Renato F. Marques