Água e sal.

Não tenho estandarte

para gritar liberdade,

subir na vida,

bandeiras foram usurpadas.

Só a loucura me salva

da rede dos agenciadores,

que pescam pecados,

pecadores.

Nas ruínas,

casarão da memória,

as assombrações

desfilam em trajes de gala.

Há porta-solidão

logo à entrada,

um jazigo do nada,

polvilhado em água e sal.

ROBERTO CAVENATTI
Enviado por ROBERTO CAVENATTI em 06/11/2011
Reeditado em 19/05/2019
Código do texto: T3320638
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