Água e sal.
Não tenho estandarte
para gritar liberdade,
subir na vida,
bandeiras foram usurpadas.
Só a loucura me salva
da rede dos agenciadores,
que pescam pecados,
pecadores.
Nas ruínas,
casarão da memória,
as assombrações
desfilam em trajes de gala.
Há porta-solidão
logo à entrada,
um jazigo do nada,
polvilhado em água e sal.