VENTO
VENTO
Outro dia dei-me conta
De que estava falando sozinho,
Exceto pelo vento que entrava pelas janelas,
Um ambiente desprovido de almas.
Como pude chegar a isso
Se há tanta vida lá embaixo?
Cenas urbanas, risos soltos,sonhos,
Corações alegres, amigos...
Uma ação urgente fazia-se necessária.
De súbito, sentei-me diante do espelho.
Pus-me a conversar com meu reflexo.
Todavia, quando eu falava
Estava lá falando comigo, sem voz, em uníssono.
Não conseguia me ouvir-
Não entende que precisamos escutar o outro.
Tentei sete vezes... Fiquei exausto.
Estava determinado em seu propósito, definitivo.
Levantei-me e fui dormir...
Por Wlads, vulgo Diógenes Jacó de Souza, Araripina, 26/10/2011.