Retrato da Solidão 


Solidão que devasta  almas

Planta  desilusão e amargura

Desmotiva frágeis existências

Transforma rotina em tortura


Solidão que alonga as noites

Enclausura seres em prantos
 
Arrebata da vida o encanto

Torna  impossível o acalanto 


Solidão que mata os sonhos

Apaga lampejos de otimismo

Aniquila a beleza e o lirismo

Mostra do mundo o cinismo


Quantos braços sem abraços

Quantas vidas sem caminhos

Corações tristes e sozinhos

Neste mundo em desalinho.



(Ana Stoppa)

Paris, 23.10.11 
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 04/11/2011
Reeditado em 04/11/2011
Código do texto: T3316093
Classificação de conteúdo: seguro