Solidão Poética
Aprisiono os meus versos
nas tardes cálidas
da minha solidão poética.
Tento tirar-te
pela porta em mim
por onde entraste.
Minúscula brecha na fortaleza
da minha alma melancólica.
No chão espalha o outono,
um pálido tom da poesia ressecada.
A brisa terna afaga o meu rosto...
Nesta tela vou tecendo imagens vagas.
Tua alegria, minha alegria.
Teus desejos, meus desejos.
Tuas mãos, meu afago.
Minhas mãos, teu amparo.
Tua voz agora distante.
O meu olhar... cansado.
Ceiça Esch-Eternamente...(2011)