Solidão

Já não me reconheço

Nessa solidão.

Não existe nada

Dentro de mim,

Apenas vultos

Que me rondam.

Minha lágrima é enregelada.

Ela se transforma em gelo.

Vivo na Era Glacial.

Minha cabeça não está

Mais nessa terra

De miseráveis.

Só permaneço em pé,

O meu espírito

Jaz na terra maciça.

Estou cansado

Dos julgamentos

E das críticas

Dos meros pecadores.

Não sei andar à cavalo,

Por enquanto não morrerei

Como Álvares.

Sou como um abantesma

Ninguém me vê,

Ninguém percebe.

O meu único amigo

É o vento, que apenas

Sussurra no meu ouvido.

Deyvid Lessa
Enviado por Deyvid Lessa em 30/10/2011
Reeditado em 18/01/2012
Código do texto: T3306790
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