RÉQUIEM

Quando a manhã tocava aquela melodia

que mais parecia um choro

eu já sabia que eras tu

e vinhas na primeira hora do dia

exultando com tua breve canção

o orvalho que cobria as plantas

das nuvens fazia o céu azul;

com teu acorde flutuavas na luz do sol

emanando um som que a natureza decanta!

Ah se eu pudesse te ouvir todo dia

viver do inicio ao fim tua obra de santa,

decifrar teu sentimento

do dó e ao si bemol...

porém infelizmente padeço só

na única faculdade que não alcança teu toque:

pois meus ouvidos tua melodia distorce

transmutando-se nesse choro que sofre.

(Do Livro "Para Ninguém")

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 27/10/2011
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T3300771
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