SÚPLICA

SÚPLICA

vem, sai detrás desse escuro

inunda-me a alma de luz

sou criança, me conduz;

segura a mão que te alcanço.

o fato de eu ser viúvo

me cerce os doces momentos

só me conduzo em pensamento

e viajo em seu carrossel.

espero que este dilúvio

de maus ventos não me leve.

poemas quem cria e escreve

não pode estar à deriva

o escuro devolve os medos

produz na mente a embolia

que gera a melancolia

e bebe d’alma os segredos.

são tantos segredos amaros

que habitam este meu peito

me amuam, deixam sem jeito,

e só no amor sinto amparo.

por isso rogo carinho;

dá-me tua mão nesta hora,

(sou qual criança que implora)

traz-me à luz do teu caminho.

261011

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 26/10/2011
Código do texto: T3299558
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