SÚPLICA
SÚPLICA
vem, sai detrás desse escuro
inunda-me a alma de luz
sou criança, me conduz;
segura a mão que te alcanço.
o fato de eu ser viúvo
me cerce os doces momentos
só me conduzo em pensamento
e viajo em seu carrossel.
espero que este dilúvio
de maus ventos não me leve.
poemas quem cria e escreve
não pode estar à deriva
o escuro devolve os medos
produz na mente a embolia
que gera a melancolia
e bebe d’alma os segredos.
são tantos segredos amaros
que habitam este meu peito
me amuam, deixam sem jeito,
e só no amor sinto amparo.
por isso rogo carinho;
dá-me tua mão nesta hora,
(sou qual criança que implora)
traz-me à luz do teu caminho.
261011