Agonia

Consigo tatear a solidão.

Consigo admirar o silêncio

Que ecoa em mim.

Afim de alimentar-me

Do tempo que é imortal.

E toda solidão e silêncio

Me animam, pois que

Não gosto de me alimentar

Em meio ao tumulto.

Refugio-me do caos,

Pois que nele, me perco.

Me misturo nos transeuntes

Que vagam de mente inerte.

Que pensam parados.

Mudos gritam cacofonias

Horripilantes.

Cegos veem claramente

Os vultos que os perseguem.

E os surdos...

Esses não ouvem nada,

Por que estão hipnotizados

Pelo silêncio e presos

Pela solidão.

24/10/2011

Cadim Martins
Enviado por Cadim Martins em 26/10/2011
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