Agonia
Consigo tatear a solidão.
Consigo admirar o silêncio
Que ecoa em mim.
Afim de alimentar-me
Do tempo que é imortal.
E toda solidão e silêncio
Me animam, pois que
Não gosto de me alimentar
Em meio ao tumulto.
Refugio-me do caos,
Pois que nele, me perco.
Me misturo nos transeuntes
Que vagam de mente inerte.
Que pensam parados.
Mudos gritam cacofonias
Horripilantes.
Cegos veem claramente
Os vultos que os perseguem.
E os surdos...
Esses não ouvem nada,
Por que estão hipnotizados
Pelo silêncio e presos
Pela solidão.
24/10/2011