ANUÁRIO
“ANUÁRIO”
Cultuar
Reconheço,
Tem sido meu único caminho
Não te vejo mais
Que a um cisco,
Que a uma poeira
No cosmos.
Um carimbo
Que é sórdido
Para que sólidos,
Meus olhos ardam
Com a cíclica volta
De mais um outubro
Pelo choro
Que não é jeitoso
E que já se fez acintoso
Arenoso,
O chão me mostrou
O fosso
Que se tornou,
A mina combalida
Campanha sem amostras
Avisos de respostas
Que cobra mais que a risca
Que delimita a arisca folga
Polca que logra
A visão de fogos
Santuários,
Anuários,
Mais um dia
De mais um mês
De seu aniversário
Porque sou deficitário
Os reparos não agem
Sem vitalícios encontros
Eu tomo dos ares
O tombo e as partes
De todas as partidas
De um bem esposo
Estradas vicinais
Para os casais
Que uns dias
Foram à briga
Para que hoje se diga
Que assim,
Foi o mais acertado
Adiado mais um tempo
De se ver
E assim
De perder
Mais um passo
Descaminhado
Eu quero o amor
Deste passo
Para quitá-lo
Pelo resto
De minha vida
Minta um domingo
Já um pouco distante
Reclame que lhe é,
De direito
Que assento o rosto
Nos corpos
De outros que foram dizendo
Que toda a espera
É mera precisão
Ilusão de amotinados
Previsão de afagos
Que são aposentados
Pois se nada
É pago,
O que é dado,
É o que se vai
Pelo ralo
Como um barro tomado
Por água limpa
Meu rosto
Agora sem vinco
Sem vínculo e dissimulado
É postulado a um animal
Que por fora,
Lasciva
Que sirva
De desespero
Que freia
O suor
Dos imperfeitos
Que enfeita,
Este ano de defeitos
De feitos e efeitos
Do cinco
Que se aproxima.