ANUÁRIO

“ANUÁRIO”

Cultuar

Reconheço,

Tem sido meu único caminho

Não te vejo mais

Que a um cisco,

Que a uma poeira

No cosmos.

Um carimbo

Que é sórdido

Para que sólidos,

Meus olhos ardam

Com a cíclica volta

De mais um outubro

Pelo choro

Que não é jeitoso

E que já se fez acintoso

Arenoso,

O chão me mostrou

O fosso

Que se tornou,

A mina combalida

Campanha sem amostras

Avisos de respostas

Que cobra mais que a risca

Que delimita a arisca folga

Polca que logra

A visão de fogos

Santuários,

Anuários,

Mais um dia

De mais um mês

De seu aniversário

Porque sou deficitário

Os reparos não agem

Sem vitalícios encontros

Eu tomo dos ares

O tombo e as partes

De todas as partidas

De um bem esposo

Estradas vicinais

Para os casais

Que uns dias

Foram à briga

Para que hoje se diga

Que assim,

Foi o mais acertado

Adiado mais um tempo

De se ver

E assim

De perder

Mais um passo

Descaminhado

Eu quero o amor

Deste passo

Para quitá-lo

Pelo resto

De minha vida

Minta um domingo

Já um pouco distante

Reclame que lhe é,

De direito

Que assento o rosto

Nos corpos

De outros que foram dizendo

Que toda a espera

É mera precisão

Ilusão de amotinados

Previsão de afagos

Que são aposentados

Pois se nada

É pago,

O que é dado,

É o que se vai

Pelo ralo

Como um barro tomado

Por água limpa

Meu rosto

Agora sem vinco

Sem vínculo e dissimulado

É postulado a um animal

Que por fora,

Lasciva

Que sirva

De desespero

Que freia

O suor

Dos imperfeitos

Que enfeita,

Este ano de defeitos

De feitos e efeitos

Do cinco

Que se aproxima.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 18/10/2011
Código do texto: T3284555
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