JAZ

“JAZ”

Você que jaz,

Que incapaz

Não pôde viver

O meu lado

Mais glorioso

Culposo e fervoroso

Queria sua química

Para somente perpetuar

Nós em nossos briosos

Repousos

Miguel por Cervantes

Tonéis em loucuras

De ventos distantes

Trame de pensantes

Que não tomei como antes

Rebentos em flanges

Em que não segurei o manche

Em novas crias

Frívola quinta me trouxe

O broche e o brioche

De uma galhardia

Dia em que os cabelos

Dava-se em trocas

Por repousos,

Em quimonos,

Em desejos,

Em gargalhadas de moços

Amar,

Sei que amo

O pano cerrou-se,

Encerrou-se presunçoso

Pois se ousou

Enfrentar-se a Eros,

Preguiçoso

Preguiçosamente

Aos ferros e berros

No silêncio etário

Dos incômodos

Perpétuo decreto

Em que nos ecoa

Os tombos a sós,

De nós,

Os seus séqüitos

Ardilosos

Ardilosamente,

Caprichosamente,

Firmemente,

Elegantes e dispostos

Fomos pertinentes e imprevidentes

Por demais expostos

Vistosos em voz

E perplexos

Aclamados em lençóis

E em méritos

Fiéis e perpétuos

Menestréis dos incrédulos

Viés de calabouços

Dos arroubos dos contos

Dos infiéis,

Em que me escondo.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 18/10/2011
Código do texto: T3284551
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