CORPO EM CHAMAS

Poetas bêbados

de palavras,

Lagrimas há verter no

vinho pela manhã.

Gota de orvalho

Luz sobre dor.

No contido refugio

Planto olhares,

Nasce paixões nas

colheita de beijos.

É madrugada

o anjo acorda

e passa o tempo.

Castelos de ventos

castelos em quedas,

quedas que armei!

O que se explica os sonhos,

em autoexílio?

Futuro e liberdade

Utopia entre olhares.

Mundo,

Homem

e

paz,

No voo, uma fênix.

Idos

e dores

infinitos

da alma.

No céu

um andaluz

em gestos

virginal.

No refugio

de cada olhar

uma cela.

Tudo é canais

dor, ansia em

toda a cidade,

ouro que os tecem,

mundo afora.

Escudo dos destemidos

Fé,

arma da coragem.

Na semente

um rasco profundo,

no ladrilho coalhado

o cheiro iracundulo.

A formula

o fogo,

a palha

a fornalha.

Delicada

Presença,

Branca é...

Vermelha

de vergonha.

Corpo perfumado

inspiração da madrugada,

delírio

de mulher.

Vagas sem rumo

Devagar

como prumo.

Na alma o corpo,

um nome

no Ser alado.

Colhi o beijo

Num jardim

Adubado de desejo.