Laetitia je ne savais pas
Que la vie n'est rien sans toi
L'oiseau fragile un jour s'est abattu
La mort ne l'a pas rendu
Et tu reposes dans le bleu de la mer
Toi qui colorais de bleu nos chimènes
Laetitia, non je ne savais pas
J'etais amoureux de toi





 
EM  ÁGUAS  TURVAS
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Assim resta o corpo

aonde a vida se foi há pouco

aos gélidos subterrâneos

tu que colorias de azul meu caminho!
 

Ainda resta o sangue

a resistir em seiva

repouso inerte

obscurecidas cores
 

Silencioso vértice

ao extremo da mira

teu queixo aponta

o céu enevoado
 

Na borrada aquarela

o brilho azul do vestido de festa

luminosidades fugidias...
 

Pousado o braço em tanta calma

e a mão pendida à flor da água

dir-se-ia que dorme
 

A pele fria tem ainda o viço

da mocidade cortada em pleno voo

recuos irremediáveis do destino!


Movem-se as águas

levando aquela flor viçosa

agora simulacro
 

Silenciados para sempre

a voz

o gesto

o sorriso


E nas entranhas

sufocado aos poucos

o espasmo da paixão

de um beijo recém trocado
 

Ficou em outro corpo

aquela que ora dorme

ficou no desespero de uma voz

que em vão a chama!





                                    







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Letícia, eu ão sabia
que a vida é nada sem ti
Pássaro frágil um dia foi ferido
E a morte não a devolveu
E tu repousas no azul do mar
Tu que colorias de azul nossos caminhos
Letícia, não, eu não sabia
que estava enamorado de ti!


    ( música do filme Les Aventurers de 1967)



 

 






 

tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 17/10/2011
Reeditado em 25/10/2011
Código do texto: T3282908
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