VENTANIA DAS PALAVRAS
Vaiiiiiiiiiiiiiiiiii...
voltaaaaaaaaa...
vaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
valsaaaaaaaaaa...
Saudade e
Solidão,
na surpresa
tudo esqueço.
Do crepúsculo
o dia calmo,
na profundidade da alma
que canta.
Gritos voam
muros pasmos
da nudez revelada.
Marcham anjos no céu
na terra a morbidez,
labirintos que sorriem
gritos ao leu.
Velhas tristezas
Tulipa irracional,
Dança dos ventos
Amor mais carnal.
Clamando os braços
rumo ao céu,
sonho branco
encarnação do amor.
Um olhar de amor e
acanhado voo
de rapel junto
ao ardor
do metano
Filho do acaso,
Mormaço.
fruto primitivo,
furtivo.
Semente de uma
celeuma.
Loucura em canido dos
lobos.
Em teus lábios
uma flor,
nas canções
á dor e arrepios.
Um gato
um tigre,
um leopardo
uma menina olha o
sol a pino,
dentro
ela sofre a pressão.
Vândalos
Vedados de luz,
Vândalos
Cravos fincados,
Vândalos
Falta-lhes...
Olhos melindrosos,
Pétalas caídas
sem coragem para viver,
pele e sangue.
Bosques e labirintos,
Conflito nas
asas da liberdade
aflita.
Lábios matutinos,
gemidos.
Amor ao inverso de seus
gritos.
Menina azul
canta roxa
na boleia.
Prendo-me a solidão
como os cravos
nas mãos do Judeu.
O poeta é o médium da realeza das palavras..