Eu passarinho

Sou como o pássaro triste,

Que vive por pena de morte;

A ti, a liberdade míngua a sorte.

A mim, - a sentença me desiste.

Não sou enquanto falo.

Se mendigo o pão que peço,

a fim de viver, me despeço.

Dessa opaca ilusão, me apago.

Sou eu, pobre passarinho,

De hora em hora, canto

De instante, o meu pranto

alto sobe, e me bebe sozinho...

03 de outubro de 2010

Jairo Araújo Alves
Enviado por Jairo Araújo Alves em 12/10/2011
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