Eu passarinho
Sou como o pássaro triste,
Que vive por pena de morte;
A ti, a liberdade míngua a sorte.
A mim, - a sentença me desiste.
Não sou enquanto falo.
Se mendigo o pão que peço,
a fim de viver, me despeço.
Dessa opaca ilusão, me apago.
Sou eu, pobre passarinho,
De hora em hora, canto
De instante, o meu pranto
alto sobe, e me bebe sozinho...
03 de outubro de 2010