JANELA DO UNIVERSO
Da minha janela vejo o universo
Vejo amplidões e as estrelas
Vejo o grande mar de luz que soluça no céu dos homens
Meus olhos conhecem a verdade
Mas a verdade não é tudo
Minha natureza está sempre a procurar outros caminhos
Pois vê coisas que ninguém vê
Tem coisas que pertencem aos devaneios interiores
De quem é dado ver aonde nada pode ser visto
Todavia, meus olhos sucumbem
Sem achar respostas sobre o vazio
Deixando uma porta aberta para o desespero
que não consigo fechar
A noite é um fantasma que caminha em mim
Ela cava na alma das pessoas
A cova rasa onde dormirá a solidão
O carrossel da vida está parado nesta noite
A lua branca, ou o que sobrou dela
Introjeta luz sobre meu rosto indefinível
e os meus vales angustiados!
O imenso mar dentro de mim se move para o sul
E arrasta a assombração das ilusões que não mais tenho
A noite é vasta!
Alguém acende uma lanterna
È um pescador e seu barco solitário
Meus olhos se agarram àquela luz
Num sinal humano de esperança
Mas o barco passa,
A luz some
O pescador some
A noite fica
Minha esperança pede socorro
Sem saída,
Volto meus olhos para mim
Um escuro de dar medo
Um vento frio me traz uma agonia fina
O nada existe e esta bem ali
Dançando com minha alma dentro de uma paisagem morta
É o preço a pagar por algum sonho
Fecho os olhos, minhas comportas para o mundo
Para a passagem de uma lágrima perdida!
Arre Deus... quanto daria agora por um conhaque Frances?