Da Varanda ( reeditado)
E na solidão desse espaço,
Meço em metros quadrados...
Enquanto observo...
PESSOAS SOBEM E DESCEM A RUA,
NO RITMO DA VIDA E DOS SONHOS.
PASSOS APRESSADOS,
COMPASSOS DO TEMPO TRAÇANDO A HISTÓRIA.
PASSAM EM CARROS, MOTOS, BICICLETAS
DESENHANDO A LINHA DOS DIAS E SEGUINDO O DESTINO.
SÃO JOVENS, CRIANÇAS, IDOSOS,
QUE AQUI DA VARANDA VEJO PASSAR...
CAMINHEIROS...
E EU?
NÃO PASSO!
TALVEZ TENHA DESAPRENDIDO A ANDAR.
TALVEZ PRECISE DE MULETAS,
CALMANTES,
CANETAS E POESIAS.
MINHA ALMA DIVAGA COM OS TRANSEUNTES
VAGA PERDIDA DE MIM.
TENTEI AMAR DE NOVO, MAS NÃO DEU...
MEUS PASSOS ENTÃO, RESERVEI AO ESPAÇO DESSE APARTAMENTO,
QUE É DO TAMANHO DA MINHA TRISTEZA
E PEQUENO PARA TANTA SOLIDÃO.