Da Varanda ( reeditado)

E na solidão desse espaço,

Meço em metros quadrados...

Enquanto observo...

PESSOAS SOBEM E DESCEM A RUA,

NO RITMO DA VIDA E DOS SONHOS.

PASSOS APRESSADOS,

COMPASSOS DO TEMPO TRAÇANDO A HISTÓRIA.

PASSAM EM CARROS, MOTOS, BICICLETAS

DESENHANDO A LINHA DOS DIAS E SEGUINDO O DESTINO.

SÃO JOVENS, CRIANÇAS, IDOSOS,

QUE AQUI DA VARANDA VEJO PASSAR...

CAMINHEIROS...

E EU?

NÃO PASSO!

TALVEZ TENHA DESAPRENDIDO A ANDAR.

TALVEZ PRECISE DE MULETAS,

CALMANTES,

CANETAS E POESIAS.

MINHA ALMA DIVAGA COM OS TRANSEUNTES

VAGA PERDIDA DE MIM.

TENTEI AMAR DE NOVO, MAS NÃO DEU...

MEUS PASSOS ENTÃO, RESERVEI AO ESPAÇO DESSE APARTAMENTO,

QUE É DO TAMANHO DA MINHA TRISTEZA

E PEQUENO PARA TANTA SOLIDÃO.

Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 29/09/2011
Reeditado em 29/09/2011
Código do texto: T3248544