Além dos campos há flores

Hei de ficar só (ainda mais) quando partir,

o quanto antes, pelos campos da noite e do amanhã.

Campos estes repletos de espinhos e lágrimas.

O rio, o qual anteontem levava o presente,

secou em um piscar de olhos, deixou sombra e lembrança.

Hei de partir, amanhã e amiúde, do campo de flores tristes

sem deixar saudades ou, e adeus.

Vou-me para além de mim, ao encontro, ao desencontro

ou reencontro.

No final, talvez, hei de dizer palavras de amor,

palavras alegres ao vento do adeus e do esquecimento.

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 24/09/2011
Código do texto: T3239156
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