Abandono
Que trazes em teu seio, ó abandono,
tu, que tudo de ti apartas?
Que imagens trazes em ti gravadas,
tu que cantas um canto de silêncio,
que és solidão do que ficou pra trás?
Que segredos escondes
que provocam a frágil criatura,
tu que és o vazio, o silêncio, o estar só
e, no entanto, sempre prenhe de sentido?
04.09.01 TER 16:45.
03.09.04 SEX 15:12.