VIVENTE

“VIVENTE”

Amar-te mais,

Que a cura,

Dos meus problemas

Que meus dilemas

Sistema de loucura,

De amargura,

Que rouba o degustar

Dos meus lábios

Aos dá-los,

Para os cálculos dos anos

Que resistentes,

São desistentes,

De maio.

Dissidentes,

Do propósito parco,

Do pacto,

De se doá-los

Enquanto se ressentem

Frente àquela que os apaixona,

Incontinente

Exceções em perdões

Sem abraços,

Sem esquadro

De absorvê-la

Por inteiro,

De vê-la

Múltipla

Feito à pena,

Ruptura,

Ao tinteiro

E ao sereno ato

Destrato saldo

Em que salgo,

Meus medos

Com seu sorrir veraneio,

De amor inato

Pavor de mim

Em seu amor indomado

Eu que amo,

Que tramo,

Regrá-la

Ao despertá-la

Para um servir visionário

Teu amor,

É meu olhar enfermo

É ao que me prendo

Ao viver despedaçado

Amar-te é somente,

Libertar-se as passadas

E o passaredo para a vida

E por fim amenizar-se

Aos frescores da vida

E aos favores

Que a fria morte,

Decorre de uma ferida:

De teu amor,

Que me repreende

Onde a foice é meu consorte,

Que me esquente

Ao imaginar-te sem códigos

E dependente

Como informe à mística

Dos que hão de ser pródigos

Amar-te é congratular-se

Para a dor da rima

Paralisar-se,

Para o caçoar

Que aflita ao debutar-se

Teu amor que é para sempre,

É para que sempre me salve

Das dores paridas,

Pelo desarme.

Amar-te é a súplica pública

Ao mendigar-se do sabor

Que deslumbre quem se desmente,

Em meu delator

Em que meus lábios

Viventes são dependentes

Do teu amor,

Que não se desprende

Nem que ficasse.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 21/09/2011
Código do texto: T3232988
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