POEMETO PARA PAPEL HIGIÊNICO

POEMETO PARA PAPEL HIGIÊNICO

Contrariando a lógica

do mercado salafrário

o poema circula

na praça e no sanitário.

POEMA DE GUARDANAPO (1)

Nesses voos lado alado

solitários viajamos

carne e desejo

em espantadas fodas.

POEMA DE GUARDANAPO (2)

Deitada no sofá,

já não tem roupa

para vestir a solidão.

POEMA NOTURNO

A noite cai

de uma altura ridícula

quebrando o silêncio

das horas mortas

de sono.

POEMINHA PARA DONA CARMINHA

Dona Carminha

Teu andar de santa

Não esconde a bunda

Nem a calcinha.

PAUTA

Qualquer indecência

Ou putaria

Não entrará na ordem do dia

www.fabiomozart.blogspot.com

Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 17/09/2011
Código do texto: T3225765