calado da meia noite

meia noite,

tudo que é escuro se predomina,

se torna dono dos espaços,

dos cantos sujos,

homens, mendigos e bebados,

poetas que se entregam a cirrose,

o cheiro de chuva,

ou o berço dos que nascem,

micóbrios e esperma pelo o chão,

jorrado em meio ao plástico,

ninguem sabe quem pode cantar,

e tudo acaba depois da meia noite.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 17/09/2011
Código do texto: T3225306
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.