Dos outros eus

Diante o chão, a palha móvel,

corre a rua avulsa,

as casas do destino,

as vidas estranhas.

Nuvens

desmascaram

portas e liberdades,

verbos,

multidões

de olhos fora do tempo enxuto.

A orla, mesclando as horas frias

e o cismar, envolto a candeia acesa,

Chove migalhas de luzes, refratando

as sombras da arte,

das bordas

dos astros e

da inquietude!...

Oh fotografias antigas!

Por vezes, cometi rudemente,

este silêncio, multidões fantasmas.

Senti a febre natural do cosmo.

Confissão

perfeita do meu ego triste.

Não possuo alma de lodo para os caminhos errantes,

Perante as ondas, é que me escorro

gota a gota,

o fatigado estilo de viver mal dividido...

01 de janeiro de 2011.

Jairo Araújo Alves
Enviado por Jairo Araújo Alves em 16/09/2011
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