Dos outros eus
Diante o chão, a palha móvel,
corre a rua avulsa,
as casas do destino,
as vidas estranhas.
Nuvens
desmascaram
portas e liberdades,
verbos,
multidões
de olhos fora do tempo enxuto.
A orla, mesclando as horas frias
e o cismar, envolto a candeia acesa,
Chove migalhas de luzes, refratando
as sombras da arte,
das bordas
dos astros e
da inquietude!...
Oh fotografias antigas!
Por vezes, cometi rudemente,
este silêncio, multidões fantasmas.
Senti a febre natural do cosmo.
Confissão
perfeita do meu ego triste.
Não possuo alma de lodo para os caminhos errantes,
Perante as ondas, é que me escorro
gota a gota,
o fatigado estilo de viver mal dividido...
01 de janeiro de 2011.