NAS DORES DA NOITE...
Nas dores da noite...
Na solidão latente
Nas madrugadas insones
Como um pássaro ferido
Pouso nas árvores sem vida
Galhos secos
Ninhos vazios...
Grunhidos soam ao longe
Abafo o grito
Sufoco o pranto
Engulo as lágrimas
Escondo a cabeça entre os braços
Que se contorcem de dor
A espera de um remédio
De gotas diamantes chamada amor
Que contenha perfume de flor...
O peito queima
A boca seca
A respiração torna-se difícil
O medo ronda
A escuridão apavora
Encolho, me enrolo em trapos
Cobrindo o corpo cansado
Que neste momento
É apenas um farrapo
O sono mais uma vez zomba de mim
E junto da noite de mãos dadas
Vão se embora de uma vez
Deixando que o sol
Que chega brilhante e imponente
Tome conta de mim!
Neusa Staut
11.09.2011