No fim da solidão
Quem sabe o que esta escrito
o futuro até pressinto
é de um sentimento atroz;
Eterno viajante das trevas
para onde meu pensamento leva
fugindo da minha propria voz.
Abriu-me o peito um tiro certeiro
correndo do mundo como um forasteiro
não tendo onde minha alma pousar;
a terra vazia, a mente cheia
olhos fechados, cheios de areia
deixando o destino me levar.
Na vasta floresta, gritos na sombra
deserto sem fim, os passos me assombra
delirio entre o real e a ilusão;
Mais um dia na escuridão do vale
peço aos anjos que minha voz se cale
e que deixe de bater meu coração.