No fim da solidão

Quem sabe o que esta escrito

o futuro até pressinto

é de um sentimento atroz;

Eterno viajante das trevas

para onde meu pensamento leva

fugindo da minha propria voz.

Abriu-me o peito um tiro certeiro

correndo do mundo como um forasteiro

não tendo onde minha alma pousar;

a terra vazia, a mente cheia

olhos fechados, cheios de areia

deixando o destino me levar.

Na vasta floresta, gritos na sombra

deserto sem fim, os passos me assombra

delirio entre o real e a ilusão;

Mais um dia na escuridão do vale

peço aos anjos que minha voz se cale

e que deixe de bater meu coração.

Chagas Neto
Enviado por Chagas Neto em 08/09/2011
Código do texto: T3208367
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.