AMORES IRREAIS

Quando você chegou

Na tarde calma de outono

Minha alma sem dono despertou

Da lassidão dos momentos

Que se escoavam, incontinenti,

Para o nada

E eu te absorvi

Feito raios de luz purpurina

E gotas de orvalho cristalinas

Você fluiu para dentro de mim

Mas o sonho tornou-se quimera

Você se foi na primavera

E eu me perdi

Feito nau sem porto e sem cais

Restando um lamento sentido

Um soluço no peito, incontido

E o eco silencioso

De uma lágrima que na alma cai

Ilusões perdidas, novamente sentidas,

Por amores irreais

Arlette Santos
Enviado por Arlette Santos em 08/09/2011
Código do texto: T3207923
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