AMORES IRREAIS
Quando você chegou
Na tarde calma de outono
Minha alma sem dono despertou
Da lassidão dos momentos
Que se escoavam, incontinenti,
Para o nada
E eu te absorvi
Feito raios de luz purpurina
E gotas de orvalho cristalinas
Você fluiu para dentro de mim
Mas o sonho tornou-se quimera
Você se foi na primavera
E eu me perdi
Feito nau sem porto e sem cais
Restando um lamento sentido
Um soluço no peito, incontido
E o eco silencioso
De uma lágrima que na alma cai
Ilusões perdidas, novamente sentidas,
Por amores irreais