Inércia Veloz

De retrós em retrós

Eu sou veloz e veloz

Uma linha fininha

Que entra pela casa

Pela rua e urra

Urra como urra

De retrós em retrós

Sou veludosa voz

Tão gritante que

De bar em bar

Canta na vida

Despedidas, idas

De retrós em retrós

Posso?! Sonhar e sonhar?

Sonhos constantes e avantes

Sem amores no peito. Que jeito?

Sem, ao menos, pensar neles.

Amores eu me lembro que já esqueci.

São fios de seda torcidos, benditos!

Neusa Azevedo
Enviado por Neusa Azevedo em 07/09/2011
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