POEMA ENLAMEADO

Outra madrugada e eu a vagar.

Sem sono, sem sonho, sem ter um lugar.

Perdida em letras que não me pertencem,

escorrendo em frases sem tanto pesar...

E o que sinto, não demonstro, aqui só escrevo.

E o medo que me seguia foi embora com a noite.

E a casa que me abrigava caiu no primeiro sopro.

E a tempestade que passou levou os restos de mim.

E ali, naquele chão tão pisado, num poema enlameado,

restou-me essa solidão que não tem mais fim...

ASA MORENA
Enviado por ASA MORENA em 05/09/2011
Reeditado em 14/02/2013
Código do texto: T3201344
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