Assombro
Linhas que se cruzam em um horizonte sombrio
Palavras que voam para longe do hospedeiro
Sorrisos tão falsos e tão vivos na lembrança
Lágrimas jogadas ao chão e envolvidas pelo desprezo
Os segundos vão passando pouco a pouco
Sobre o chão descanso calmamente
Fotos nunca vistas estão espalhadas pelo chão
Marcas de uma vida dura São facilmente vistas em um corpo já cansado
Ao longe, pela porta entre aberta consigo ouvir os pensamentos que deixei passar
Lá fora na janela a neve cai com tanta leveza
Nada mais importa, vou deixando que o frio invada quarto a dentro
Meu maior erro foi pela escuridão se apaixonar
Me encantei pela tristeza
Agora tenho que pagar um preço caro
E agora sinto na pela o que não acreditei ser verdade
A esperança morreu afogada pela dor que se faz presente
O ar que deveria me da a vida
Está tirando-a pouco a pouco de mim
Sinto o teto cair sobre minha cabeça
Mas é apenas o fardo que tenho que carregar
Meus olhos vazios vão de encontro a parede
Vejo as palavras ali escritas a sangue
E no descompasso que se segue lentamente
Admiro cada letra com tensão
Sei que aquela é a prova
De que algum dia acreditei na salvação