PÓS-RESSACA
Quanta angústia atravessa esta tarde
Em casa somente um silêncio
No coração restos de sofrimento
E a mente palavras surgem num transe contorcido
Sentado fico à observar pingos de chuva pela janela
Sem pressa penso no caminho percorrido até aqui
As horas cruzo quando em meu ser suas lâminas sem gume
Furam fundo a epiderme.
(Inutilmente. Pois quem há que suspeite da dor que tenho?)