MADRUGADAS

Tantas madrugadas mal dormidas
Lágrimas escorridas
A chorarem despedidas
A lembrarem outras vidas
Idas e vindas
Porcelanas partidas
Vozes estremecidas
A evocarem sofridas
Esculpidas em feridas
Gemidas,
untadas em dores paridas
Madrugadas envolvidas
Revolvidas, dissolvidas
E perdidas
Que quando já raiadas
Tornam-se manhãs resolutas
Pra entornarem bebidas
Amargas e ardidas
monotonias fingidas

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 01/09/2011
Código do texto: T3195814
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