MADRUGADAS
Tantas madrugadas mal dormidas
Lágrimas escorridas
A chorarem despedidas
A lembrarem outras vidas
Idas e vindas
Porcelanas partidas
Vozes estremecidas
A evocarem sofridas
Esculpidas em feridas
Gemidas,
untadas em dores paridas
Madrugadas envolvidas
Revolvidas, dissolvidas
E perdidas
Que quando já raiadas
Tornam-se manhãs resolutas
Pra entornarem bebidas
Amargas e ardidas
monotonias fingidas
Tantas madrugadas mal dormidas
Lágrimas escorridas
A chorarem despedidas
A lembrarem outras vidas
Idas e vindas
Porcelanas partidas
Vozes estremecidas
A evocarem sofridas
Esculpidas em feridas
Gemidas,
untadas em dores paridas
Madrugadas envolvidas
Revolvidas, dissolvidas
E perdidas
Que quando já raiadas
Tornam-se manhãs resolutas
Pra entornarem bebidas
Amargas e ardidas
monotonias fingidas