A chuva

Era um amor iluminado,

onde dois amantes se doavam,

e era tanto amor doado,

e as juras eram raios de sol.

O brilho de nossos olhos,

nossas mãos que irradiavam carinhos,

nossos corpos resplandeciam,

auras luminosas de amor.

Mas ai que chegou uma chuva,

que se engrossou em tempestade,

e hoje só resta a saudade,

do meu amor que me deixou.

As gotas que molham agora,

são de chuva e de choro,

vendo o orvalho crescer nas flores,

na espera de vê-lo voltar.

Meus olhos parados no tempo,

minguados de tanto chorar,

um escuro na alma e o vento,

que não param de me castigar.

Onde estava o nosso amor,

que não se abrigou na tempestade,

se deixou levar na enxurrada,

e levou também a caridade?

O remorso que castiga meu peito,

o pensamento que não para um segundo,

como eu queria voltar o momento,

em que desabou nosso mundo.

A espera de um fecho de luz,

que só o perdão pode trazer,

pra esmagar o orgulho,

para o amor voltar a viver.

Izabel Bento
Enviado por Izabel Bento em 31/08/2011
Reeditado em 31/08/2011
Código do texto: T3192697
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