Labirintos

Labirintos que se fizeram estradas

Em que me perdi sem saber onde vou

Pois os rastros deixados se deixaram apagar

Pelo sopro do tempo que também me apagou,

São tantas entradas. Saídas onde estão?

O fio, se deixaram, com o tempo se perdeu.

Entre tantas paredes da cor da angustia

Estreitas passagens sufocam meu canto,

Que agudos gemidos do peito saídos

Em prantos caídos, são orações que rezei,

Sem saber que por caminhos perdidos

Em bêbados passos andaria outra vez.

São tantas passagens, idas, lágrimas e voltas

Todas me levam ao mesmo lugar, até parece

Que ir ou voltar é o mesmo que estar,

Assim não me importam outros caminhos

Entre voltas, volteios, paradas e anseios

Me sento cansado no labirinto e perdido,

Me entrego um vagar, um sonho esquecido

Que por sorte o destino me permitiu de guardar

Já que a vida por tanto mero capricho

Num labirinto me prende. Para sempre?

Também não importa, nem quero saber

Em qualquer lugar o pranto será o mesmo.

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 27/08/2011
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