Labirintos
Labirintos que se fizeram estradas
Em que me perdi sem saber onde vou
Pois os rastros deixados se deixaram apagar
Pelo sopro do tempo que também me apagou,
São tantas entradas. Saídas onde estão?
O fio, se deixaram, com o tempo se perdeu.
Entre tantas paredes da cor da angustia
Estreitas passagens sufocam meu canto,
Que agudos gemidos do peito saídos
Em prantos caídos, são orações que rezei,
Sem saber que por caminhos perdidos
Em bêbados passos andaria outra vez.
São tantas passagens, idas, lágrimas e voltas
Todas me levam ao mesmo lugar, até parece
Que ir ou voltar é o mesmo que estar,
Assim não me importam outros caminhos
Entre voltas, volteios, paradas e anseios
Me sento cansado no labirinto e perdido,
Me entrego um vagar, um sonho esquecido
Que por sorte o destino me permitiu de guardar
Já que a vida por tanto mero capricho
Num labirinto me prende. Para sempre?
Também não importa, nem quero saber
Em qualquer lugar o pranto será o mesmo.