Meu nome é Solidão

Meu nome é solidão

Nas noites frias,

É quando mais me vêem

Quando todos sentem

A falta de outro alguém

Nas noites de chuva,

Chego sorrateira

Fazendo-lhes lembrar

De alguém que já se foi

Estou sempre em hospitais

Em casas de repouso, abrigo de indigentes

Estes últimos então... Adoram-me

E nos orfanatos também

Estou sempre bem

Com grandes tempestades

Com as noites sem luar

Com a tristeza da alma

Daquele que não sabe amar

E mesmo que digas “Não”

Estou presente e tu sabes

Pois de mim

Ah! São poucos, os que conseguem escapar

Da Solidão que é doce

Mas não lhes permite sonhar

Silvia Fedorowicz

Camaleoa

Rio de janeiro, 26 de agosto de 2011

Mulher Camaleoa
Enviado por Mulher Camaleoa em 27/08/2011
Código do texto: T3184807
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