Só o manto da noite

acolhe minh’alma cansada.

Ao longe, os latidos de um cão vadio

se perdem nos desvão das horas mortas.

O cão tem fome da solidez dos alimentos.

E minh’alma sente sede,

sede de se abeberar na poesia pura

para continuar celebrando a vida.

Mesmo que tenha que continuar só,

ouvindo ao longe os latidos daquele cão vadio,

até o fim d a madrugada.

Vinícius Lena
Enviado por Vinícius Lena em 26/08/2011
Reeditado em 31/08/2011
Código do texto: T3183694