"Nem que eu queira"
Prostrado entre o mais infiel dos pensamentos
Obscuros como o terrível negror relutante
Sentimentos tão profundos, impuros, pertinentes
Como o bater de uma porta estranha na corrente
Pousa o meu coração sobre alma angustiada
Esfriando pelo vento o pouquinho de calor
Causa medo tão intensa agonia
Sentir frio como frio intolerante
Gostar de se ver em estado de declínio
Talvez fosse a razão do caimento
Posso pensar em coisas e mudar
Posso pensar no amor que poderia entregar
No momento tão profundo
O que me faz mais penar
o abandono de tudo da alma do respirar
Posso pensar em maneiras de parar os pensamentos
Causando tristemente o que aqui não tem concerto
Posso pensar, mas não quero
Prefiro ficar, permanecer, “nesta imensidão sem critério.”
Marlene Luiz
23/08/2011