Sou Estúpido.

Sou estúpido. Incoerente aos meus movimentos,

Aos meus sentimentos.

Foda-se!

Foda-se todo o mal,

Pois eu represento as doenças de dias mal dormidos.

Quando consigo me concentrar, acordo com roucos,

Com gritos mirabolantes.

Não consigo mais deitar.

É a era da insônia.

Peço para a Sônia, “me dá uma receita de calmante”,

Pois vivo na era mirabolante.

Revoltaste o tal do poeta neoclássico.

O meu clássico é a solidão em noites mal dormidas.

Tento ser romântico, mas não dá.

Não posso sair do poço em que me encontro sozinho.

Tento ser auto-suficiente,

Mas a torvidão envolvente que rasga o peito e o coração,

Pouco vazios de sentimento;

Todos completos de vastidão.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 15/08/2011
Código do texto: T3161541
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