Sou Estúpido.
Sou estúpido. Incoerente aos meus movimentos,
Aos meus sentimentos.
Foda-se!
Foda-se todo o mal,
Pois eu represento as doenças de dias mal dormidos.
Quando consigo me concentrar, acordo com roucos,
Com gritos mirabolantes.
Não consigo mais deitar.
É a era da insônia.
Peço para a Sônia, “me dá uma receita de calmante”,
Pois vivo na era mirabolante.
Revoltaste o tal do poeta neoclássico.
O meu clássico é a solidão em noites mal dormidas.
Tento ser romântico, mas não dá.
Não posso sair do poço em que me encontro sozinho.
Tento ser auto-suficiente,
Mas a torvidão envolvente que rasga o peito e o coração,
Pouco vazios de sentimento;
Todos completos de vastidão.