O mosquito e a flor

Poema que estava escrevendo, a primeiras três estrofes quando fui interrompido por uma agente de saúde combatendo a dengue, aí perdí a inspiração e virei o fio.

Uma só mácula rouba a beleza,

que repousa no ramo da pureza,

torpe mancha, matiz da tristeza…

Haverá outra primavera,

renovando a cor que tivera,

aquela flor, então linda e sincera…?

Não com água e sabão,

no balneário do coração,

limpam os agentes do perdão…

Droga! Antes que o tom transmude,

lá vem a interrupção;

As palmas do agente de saúde,

um penetra no portão;

E de tudo o que foi dito,

perdeu-se o fio, o sabor;

Tantos cuidados com um mosquito,

ora, to cuidando da minha flor…!

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 14/08/2011
Código do texto: T3159550
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