Mulher solidão
Hoje percebo
O quanto estou
Alta madrugada
Eu acordada
Na internet... Procurando nada.
É verdade, que triste que é
Esse vazio imenso de viver só
Sim, tenho meus cães
Mas na madrugada, eles precisam dormir
E não fazer gracinhas, para que eu possa sorrir
Mas quando a noite chega
É que percebo o vazio
Que escuto o eco de meus próprios passos
Na casa vazia
É que sinto o peso, essa dor malvada
Que me consome assim à noite e a madrugada
Quando afinal... Consigo dormir!
Já começa o dia a sorrir para mim
Levanta mulher; teus cães, teus amigos
Fiéis escudeiros do dia precisam de ti!
E então, recomeço a vida e tento esquecer
Toda a dor, que senti na noite
E me ponho a sorrir, com meus cães
E quando menos espero
A noite já cai, para me torturar
Fazer-me entender, que a minha vida
A muito acabou.
Vivo de lembranças e sonhos impossíveis
E vou tocando a vida
Esperando a hora
De um dia acabar...
Silvia Fedorowicz
Rio de janeiro, 14 de agosto de 2011